15 de setembro de 2011

Nobody cares...

Chega a ser inacreditável a capacidade humana de ignorar a dor alheia...
É sério. Assusta.
Enoja.
Um ser humano que não pode ajudar ao outro, compreende-se. Um que nem sequer se digna a voltar o olhar ao que está ferido? Este, me dá asco.
Alguém cuja tristeza alheia lhe compraz ao ponto de fazer rir? Rir da desgraça alheia por puro prazer?
Por Kami, este mundo está semi-perdido.
Eu vejo boas pessoas com tanta raridade... Eu vejo os maus caminhando soltos. Vencendo, ganhando, lucrando às custas daqueles que, com as dores das quais os primeiros riem, sustentam esse sistemazinho de merda que continua a nos reger infinitamente...
Quando isso vai acabar?
2000?
2012?
Eu não me assusto se algum dia Deus em pessoa descer na Terra mesmo, como os crentes dizem que vai.
Provavelmente ele poria as mãos na cintura, olharia pra todas essas carinhas desesperadas e mortas de fome que nós deixamos nas sarjetas do planeta.
E perguntaria a si mesmo: por que foi que eu criei essa raça de desocupados idiotas que só sabem foder uns aos outros por esporte mesmo?

Por que é isso que nós fazemos hoje em dia: fodemos os outros por esporte.

Eu ando nos ônibus da cidade escutando que a fulana estragou o casamento da ciclana por inveja. Que beltrana está tirando o filho da malana do caminho por maldade...
Eu vejo uma mão estendida entre os muitos passantes, pedindo...
Uma mão quase sempre vazia.

Eu ouço os risos das loiras oxigenadas sem cérebro, que só pensam no próprio benefício... Que destróem as vidas alheias esquecendo-se de tudo o que uma verdadeira amizade realmente vale.
Eu venho caminhando entre os destroços de uma sociedade humana fadada à ruína.

Se isso tudo vai acabar mesmo em 2012, eu anseio por este ano...
Por que eu acho que já cansamos de passar da validade. Isso sim...

O grande mal do ser humano é exatamente esse: morreu um infeliz na esquina.

E ninguém se importa...

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